Quando pensamos em usuário de cadeira de rodas, é difícil não imaginar de imediato alguém com total imobilidade nas pernas, como tetraplégicos e paraplégicos.
No entanto, a cadeira de rodas também pode ser usada por quem tenha, momentânea ou frequentemente, alguma dificuldade de locomoção.
Com os modelos cada vez mais modernos e funcionais, ela deve ser pensada pela família para servir como uma ferramenta de apoio na melhoria de qualidade de vida de idosos ou de quem não consegue andar naturalmente por muito tempo.
Por isso, preparamos este artigo com situações em que é recomendado o uso da cadeira de rodas.
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Para idosos com dificuldade de caminhar normalmente
Você programa uma ida ao parque com sua família para aquela prazerosa e saudável caminhada na manhã ensolarada de sábado e alguém de mais idade (pais, avós e tios, por exemplo) dá várias desculpas para não ir.
Em outra situação, você quer passear no shopping, na praia ou na chácara e mais uma vez recebe a recusa dos seus pais, tios ou avós.
Antes de pensar que são preguiçosos, saiba que eles podem estar se afastando deste tipo de atividade por não aguentarem caminhar no ritmo dos mais jovens.
Assim, eles se sentem atrapalhando o programa da família e acabam recusando o convite para qualquer tipo de passeio em que será necessária uma caminhada.
Isso é muito comum entre as pessoas com as funcionalidades motoras das pernas normais, mas sem muito fôlego para atividade física, mesmo que seja uma caminhada de apenas algumas centenas de metros.
Avalie e sugira uma conversa com os membros familiares para a possível utilização de uma cadeira de rodas em parte do percurso.
Optar pelo equipamento não significa dizer que o idoso não vai mais caminhar e que está condenado a viver sentado nele.
O intuito é que, ao cansar ou ter que parar o roteiro a pé por algum tipo de dor, ele possa continuar acompanhando a família normalmente, conduzindo a cadeira de rodas sozinho ou com a ajuda de alguém.
Assim que recuperar o fôlego, ele pode voltar a caminhar normalmente com os demais.
É importante que não haja a substituição total da caminhada a pé pelo uso da cadeira de rodas. Ela deve apenas ser um recurso de apoio momentâneo.
Para quem fez cirurgias que restringem a locomoção
É muito comum a pessoa operar o joelho, por exemplo, e passar a usar muletas durante toda a recuperação, que pode levar meses.
Este recurso é super indicado, mas não precisa ser o único. O uso prolongado da muleta, principalmente quando não é feito da forma correta, costuma causar dores nos punhos, ombros e nas axilas, chegando em muitos casos a causar formigamento nas mãos.
Várias outras condições no pós-operatório que limitam a mobilidade do paciente, seja por recomendação medica ou pela dor, desconforto ou até insegurança, podem requerer a utilização de uma cadeira de rodas.
Uma alternativa para evitar estes problemas, e tornar a recuperação mais confortável, é alternar o uso das muletas com o da cadeira de rodas.
Geralmente em casa ou em distâncias mais curtas, opta-se pela muleta, enquanto a cadeira de rodas fica destinada a trajetos mais longos.
Além disso, há modelos de cadeira com apoio e elevação para a panturrilha, o que facilita manter a perna esticada, ideal para a recuperação em alguns tipos de lesões.
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Para portadores de determinadas doenças
Alguns tipos de doenças também requerem, constante ou momentaneamente, o uso de cadeira de rodas.
O equipamento pode funcionar como um alívio em determinadas etapas da recuperação ou até mesmo ser a única saída para locomoção em casos mais extremos.
Na esclerose múltipla, por exemplo, o paciente pode ter dificuldade de locomoção e a cadeira de rodas acaba sendo uma aliada na manutenção da mobilidade, reduzindo também o cansaço durante a caminhada.
Há também casos de neuropatia que impedem a pessoa de andar normalmente, inclusive de ficar em pé.
Algumas doenças mais raras, como a síndrome de Guillain Barré, também levam o paciente a ter que usar cadeira de rodas.
Pontos importantes a se considerar no uso da cadeira de rodas
Embora, como citamos aqui, a cadeira de rodas seja indicada para vários casos em que a pessoa tem algum comprometimento ao se locomover, o melhor diagnóstico da condição e freqüência de uso deve ser feito pelos profissionais de saúde que acompanham este paciente, seja o fisioterapeuta, médico ou terapeuta ocupacional.
Além disso, na hora da compra, consulte empresas especializadas no produto, pois há diversas características que devem ser levadas em conta para a escolha do melhor modelo de acordo com a necessidade.
Uma empresa de credibilidade no mercado será capaz de esclarecer dúvidas e só sugerir o equipamento se este for realmente o que o paciente precisa.